Mais uma  CPMI de palhaços
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Mais uma  CPMI de palhaços

 CPI do INSS: Uma Comédia de Conchavos e Desinformação

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS, criada com o propósito de investigar irregularidades e fraudes no sistema previdenciário brasileiro, tem se mostrado mais uma vez uma arena de manobras políticas, conchavos e discursos vazios do que uma instância efetiva de apuração e justiça. Em vez de cumprir seu papel de fiscalização, a CPI tem se transformado em palco de interesses escusos, alimentando uma narrativa de fake news e de proteção a interesses corporativos e políticos, ao invés de lutar pela verdade e pelos recursos públicos.

Recentemente, episódios emblemáticos reforçam essa percepção de que a CPI do INSS está longe de ser uma ferramenta séria de combate à corrupção. Um deles é a postura do senador Eduardo Girão (Novo-CE), que, ao invés de exercer seu papel investigativo, adotou uma postura de negação e blindagem. Girão recusou-se a reconhecer notícias sobre um suposto “acordão” na CPMI que visava blindar o irmão do ex-presidente Lula, Frei Chico, cujo sindicato estaria entre os beneficiados por bilhões desviados no INSS. Sua resistência em convocar sindicalistas suspeitos ou a investigar ligações entre políticos e fraudes revela uma tentativa clara de proteger interesses políticos e sindicais, ao invés de buscar a verdade.

A estratégia de limitar as convocações a nomes previamente aprovados por líderes de bloco e sob filtros políticos demonstra uma clara intenção de blindagem, de proteger quem se beneficiou de desvios milionários, e não de responsabilizar verdadeiramente os culpados. Tal prática evidencia uma CPI que, ao invés de investigar de forma séria, atua como um instrumento de proteção de interesses e de manutenção de narrativas convenientes, alimentando uma atmosfera de desconfiança na efetividade do sistema democrático brasileiro.

Para uma investigação genuína, são necessárias transparência, coragem e compromisso com a justiça — qualidades que, lamentavelmente, parecem ausentes na condução atual da CPI do INSS. Ao invés de uma apuração séria, o que se observa é uma montagem política onde a narrativa de corrupção serve de palco para disputas de bastidores, deixando a população à mercê de politicagens e interesses escusos. Assim, a CPI deixa de ser uma ferramenta de combate ao crime e passa a ser um palco de conchavos, que só reforçam a sensação de impunidade.

Concluindo, a CPI do INSS precisa abandonar a política de negação e fake news, e cumprir seu papel de investigação efetiva. Não há espaço para conchavos, blindagens ou interesses pessoais na luta contra a corrupção. A sociedade brasileira merece uma apuração séria, transparente e que puna os responsáveis por desvios de bilhões de reais do INSS, garantindo que os recursos públicos sejam recuperados e que a justiça prevaleça. Só assim será possível fortalecer a confiança nas instituições e garantir que o sistema previdenciário cumpra sua função social com integridade.

 

 

   

 

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